A conferência internacional de apoio à Ucrânia realizada em Paris recolheu quase mil milhões de euros para ajudar a população a sobreviver ao inverno, sem as infraestruturas destruídas pelos bombardeamentos russos, anunciou esta terça-feira a chefe da diplomacia francesa.
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"A ajuda alcançou, ou ultrapassou até, os 800 milhões de euros" pedidos pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na abertura da conferência, declarou Catherine Colonna.
"Na verdade, estou feliz por anunciar-vos que ultrapassámos esse número e que estamos mais próximos dos mil milhões de euros", acrescentou a ministra francesa numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmyhal.
Destes mil milhões de euros, 415 milhões serão destinados ao setor da energia, 25 milhões para a água, 38 milhões para a alimentação, 17 milhões para a saúde, 22 para os transportes, não estando o restante, quase 493 milhões de euros, ainda discriminado, precisou a ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, acrescentando que os donativos angariados na conferência foram-no em espécie ou em dinheiro.
"O nosso país não se afundará na escuridão", declarou, por sua vez, Shmyhal, saudando o "poderoso sinal" de apoio à Ucrânia enviado pelo "mundo civilizado".
"Estamos gratos a todos os países que continuam a ser nossos aliados nestes tempos sombrios", acrescentou, assegurando mais uma vez que a Ucrânia recuperará a sua soberania e a sua integridade territorial.
A conferência de apoio à Ucrânia reuniu 70 delegações de países e organizações internacionais e visava "ajudar os ucranianos a resistir a este inverno", explicara o Presidente da República francês, Emmanuel Macron, na abertura do encontro.
As forças russas concentraram-se desde outubro numa campanha de destruição das infraestruturas civis e de produção de energia da Ucrânia, privando milhões de pessoas de eletricidade, aquecimento e água.