Os quatro funcionários do Tribunal Penal Internacional detidos desde 7 de junho em Zenten, no oeste da Líbia, asseguraram na terça-feira a emissários do tribunal estarem "de boa saúde", anunciou, esta sexta-feira, o TPI.
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"Os funcionários do TPI disseram estarem de boa saúde e (a serem) bem tratados", indicou o tribunal num comunicado, precisando que uma delegação do tribunal "esteve brevemente" com os quatro detidos na presença de representantes das autoridades locais e do procurador-geral líbio.
Quatro funcionários do TPI, entre os quais a advogada australiana Melinda Taylor, que integra a equipa de defesa de Seif al-Islam, estão detidos desde 7 de junho em Zenten (170 quilómetros a sudoeste de Tripoli), onde se tinham deslocado para se encontrarem com o filho do antigo dirigente líbio Muammar Kadafi.
Taylor é acusada de espionagem, depois de ter tentado trocar documentos não declarados com Seif al-Islam, detido desde novembro de 2011 por uma brigada de antigos rebeldes de Zenten.
Segundo os ex-rebeldes de Zenten, Melinda Taylor tinha consigo uma carta em código de um dos homens mais procurados pela justiça líbia, Mohammed Ismail, antigo "braço direito" de Seif al-Islam.
Al-Islam é alvo de um mandado de detenção do TPI por crimes contra a humanidade cometidos durante a revolta que levou à queda e depois à morte de Muammar Kadhafi em 2001. Tripoli e o TPI competem pelo direito de o julgar.