O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, anunciou, esta quarta-feira, que os quatro soldados norte-americanos que estavam desaparecidos na Lituânia morreram durante um treino militar, mas que ainda não estava informado acerca dos pormenores do incidente.
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“Enquanto falava, recebi a notícia sobre quatro soldados norte-americanos que morreram num incidente na Lituânia. Ainda são as primeiras notícias, pelo que não conhecemos os pormenores. São notícias realmente terríveis e os nossos pensamentos estão com as famílias e entes queridos”, afirmou Rutte durante um colóquio na Escola de Economia de Varsóvia.
Uma fonte do exército norte-americano, citada pelo jornal "The New York Times", disse que os soldados se encontravam num veículo pesado do tipo M88, que se poderá despistado e mergulhado num pântano.
Quatro soldados norte-americanos e um veículo, destacados numa base de treino na zona de Pabrade, perto da fronteira com a Bielorrússia, estavam desaparecidos desde as 16.45 horas locais (14.45 em Portugal continental) de terça-feira, informou o exército lituano num comunicado.
No seguimento do desaparecimento dos soldados, foi acionada uma missão de resgate, constituída por helicópteros da força aérea e guardas fronteiriços, afirmaram as forças armadas na mesma nota.
O comando militar norte-americano na Europa havia confirmado o desaparecimento num comunicado, sem adiantar mais informações, numa mensagem na qual o tenente-general Charles Costanza agradeceu “pessoalmente” às autoridades lituanas pelo seu empenho “rápido” nos esforços de resgate.
O comando militar norte-americano referiu que os soldados, que pertenciam à 3ª Divisão de Infantaria, 1.ª Brigada, estavam envolvidos em manobras táticas na altura em que desapareceram.
Os países bálticos da Lituânia, Letónia e Estónia são membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) e têm mantido laços frágeis com a Rússia, um aliado fundamental da Bielorrússia, desde que declararam a sua independência da União Soviética em 1990.
As relações entre os países deterioraram-se acentuadamente após a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.
O presidente lituano, Gitanas Nauseda, tem apoiado abertamente a Ucrânia na sua luta contra as forças do presidente russo, Vladimir Putin.