O quebra-gelos "Arctic Sunrise" da organização ambientalista Greenpeace vai abandonar o Mar de Kara, no Ártico, depois de o capitão ter sido ameaçado pela guarda fronteiriça russa, anunciou a porta-voz da Greenpeace na Rússia.
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"Ameaçando com a força, [os guardas fronteiriços] exigiram ao comandante do quebra-gelos que abandonasse o Mar de Kara. Não obstante, a Greenpeace não recua das suas posições e está na hora do protesto dos ativistas contra a extração de petróleo no Ártico", afirmou Khalimat Tekeeva.
Guardas fronteiriços russos detiveram o "Arctic Sunrise", esta segunda-feira de manhã, depois de o quebra-gelos ter entrado no domingo no Mar de Kara, no Ártico russo, sem autorização das autoridades da Rússia.
Agentes russos abordaram o navio depois de ativistas da Greenpeace, com cartazes "Salvem o Ártico", tentarem, a bordo de botes de borracha, dirigir-se para o navio "Dmitri Nalivkin ", fretado pela companhia petrolífera russa Rosneft e ExxonMobil para fazer prospeção de petróleo na região.
A Administração da Rota do Mar do Norte (MNAR), a agência russa que controla a navegação nessa região, recusou vários pedidos de Greenpeace com o argumento de que o "Arctic Sea" não foi devidamente certificado.
A Greenpeace pretende realizar ações de protesto contra a exploração de petróleo e gás pela Rosneft e ExxonMobil no Ártico, que os ambientalistas consideram uma ameaça para o ecossistema da região.