O Fórum das Famílias de Reféns confirmou este domingo os nomes das três jovens libertadas na primeira troca de reféns no âmbito do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Corpo do artigo
Os nomes de Emily Damari, 28 anos, e Doron Steinbrecher, 31 anos, capturadas no Kibbutz Kfar Aza, e de Romi Gonen, 24 anos, num festival de música em 7 de outubro de 2023, foram confirmados pela associação à agência France-Presse (AFP).
Os três têm nacionalidade israelita, sendo que Damari conta com nacionalidade britânica e Steibrecher com nacionalidade romena.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido saudou hoje a libertação de Emily Damari.
“Estamos prontos a apoiá-la após a sua libertação”, afirmou um porta-voz citado pela estação de televisão Sky News. O executivo apelou ainda para que “ambas as partes” apliquem de forma integral “todas as partes do acordo e devolvam todos os reféns”.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor às 11.15 horas locais (9.15 horas em Lisboa), com quase três horas de atraso em relação ao previsto.
A Faixa de Gaza deverá conhecer uma trégua, pela primeira vez desde novembro de 2023, após o acordo alcançado por Israel e pelo Hamas para parar temporariamente as hostilidades e facilitar a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos.
Israel exigiu que o Hamas entregasse os nomes dos três reféns israelitas que o movimento islamista palestiniano deveria entregar esta tarde nos termos do acordo.
O Hamas atribuiu o atraso a “razões técnicas”, num processo complexo em que tem de entregar primeiro os nomes à mediação do Qatar, que por sua vez os comunica aos serviços secretos israelitas e, a partir daí, às famílias.
Entretanto, o Qatar e o Egito, mediadores e garantes, juntamente com os Estados Unidos, do acordo entre Israel e o Hamas, confirmaram já a entrada em vigor do cessar-fogo.
A libertação das três mulheres raptadas está prevista para hoje às 16 horas locais (14 horas em Lisboa). Dentro de uma semana, serão libertadas outras quatro mulheres.
O ataque de 7 de outubro de 2023 ao sul de Israel, liderado pelo Hamas, matou cerca de 1200 pessoas e deixou outras 250 em cativeiro. Cerca de 100 reféns permanecem em Gaza.
Israel respondeu com uma ofensiva que matou mais de 46 mil palestinianos, segundo as autoridades sanitárias locais, que não distinguem entre civis e militantes, mas afirmam que as mulheres e as crianças representam mais de metade dos mortos.