Quinze países acusam Irão de "matar, raptar e assediar" no estrangeiro, Teerão nega
O Irão rejeitou, esta sexta-feira, as acusações de 15 países que condenaram as ameaças crescentes dos serviços de informações iranianos nos respetivos territórios.
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Quinze países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha e Espanha, condenaram as supostas tentativas dos serviços de informações iranianos para "matar, raptar e assediar pessoas na Europa e na América do Norte."
Para os países, que subscreveram uma declaração conjunta, trata-se de uma "clara violação" da soberania dos vários Estados por parte do Irão.
Teerão classificou esta posição dos 15 países como acusação infundada.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ismail Baghaei, disse em comunicado que "repetir acusações infundadas e ridículas" contra o Irão é uma manobra de diversão.
O mesmo responsável acrescentou que se trata de uma tentativa de "desviar a opinião pública" internacional do que chamam "genocídio" na Palestina ocupada por Israel.
Bagaei recordou ainda a recente "agressão militar" dos Estados Unidos e de Israel contra o Irão, referindo-se aos bombardeamentos conjuntos contra as centrais nucleares iranianas.
Os 15 países que acusam o Irão de atuar nos respetivos Estados referiram também que os serviços de informação iranianos estão envolvidos com as atividades de organizações criminosas internacionais.
Segundo a declaração conjunta dos 15 países, o Irão pretende atacar jornalistas, dissidentes iranianos e cidadãos de origem judaica.
Ismail Bahaei afirmou que estas acusações contra a República Islâmica são mentiras que configuram "uma campanha 'iranofóbica' maliciosa que visa pressionar o povo iraniano".
O porta-voz diplomático iraniano afirmou ainda que o comportamento dos signatários da declaração viola os princípios do direito internacional e da Carta das Nações Unidas e alertou que os 15 países "devem ser responsabilizados por conduta inadequada e irresponsável".