O Governo do Quirguistão demitiu-se e o presidente do país, Kurmambek Bakiev, abandonou a capital, anunciou Temir Sariev, um dos dirigentes da Oposição. Populares invadiram os edifícios do Governo e o poder foi entregue à Oposição.
Corpo do artigo
As manifestações que se tinham gerado na véspera, em algumas regiões do Quirguistão, tiveram, hoje, quarta-feira, um desenvolvimento crucial, estendendo-se a Bichkek, a capital, e tendo obrigado a Polícia e o Exército a ceder.
Conforme comunicou aos jornalistas, Rosa Otunbaeva, “chefe do governo de confiança popular”, “o primeiro-ministro Ussenov, escreveu uma declaração a abdicar do cargo e entregou-mo a mim”. A líder da Oposição e antiga ministra dos Negócios Estrangeiros do Quirguistão declarou, ainda, que o presidente Kurmanbek Bakiev “não se sabe onde está”.
Durante as manifestações houve confrontos sérios com a Polícia, dos quais resultaram cerca de 40 mortos e 400 feridos, segundo o Ministério da Saúde declarou à agência russa Novosti. Grande parte dos ferimentos foram produzidos por armas de fogo.
Na véspera, as manifestações tinham-se iniciado na cidade de Talas, onde a multidão invadiu edifícios da Administração Local. O ministro do Interior, foi espancado e chegou a ser noticiada a sua morte, o que o Ministério desmentiu mais tarde.
Na cidade de Narin, as manifestações assumiram um tom crescente. Hoje, quarta-feira, em Bichkek, os populares tomaram conta dos canais estatais de televisão e, em seguida, do Parlamento e do Palácio do Governo.