O governo britânico confirmou, esta terça-feira, que vai banir os cães American Bully XL a partir do fim do ano, uma vez que a raça foi adicionada à lista de cães perigosos proibidos pelas autoridades. A medida surge depois de vários ataques nos últimos meses.
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A partir de 31 de dezembro vai ser ilegal criar, vender, oferecer, trocar, anunciar e abandonar cães American Bully XL, em Inglaterra e no País de Gales, e estes animais terão de estar obrigatoriamente de trela e açaime, de acordo com o jornal britânico "The Independent".
Esta medida surgiu na sequencia de alguns ataques "preocupantes" nos últimos meses. Só na semana passada, uma mulher, de 29 anos, ficou gravemente ferida em North Tyneside e um polícia foi mordido por cão American Bully XL em Leicestershire. No início de outubro, uma mulher ficou ferida depois de ser mordida pelo próprio cão, segundo o mesmo jornal.
A secretária do Ambiente, Therese Coffey, afirmou que o governo tomou uma "rápida e decisiva ação para proteger o cidadão de ataques trágicos".
A posse destes animais passa ser ilegal a partir de 1 de fevereiro de 2024, pelo que os donos cujos cães não façam parte da lista de exceções e tenham chip e esterilização feita, arriscam pagar multa.
No que toca a esterilizações, os animais com mais de um ano no dia 31 de janeiro de 2024 terão de ser castrados até junho do próximo ano e os animais com menos de um ano até ao fim de 2024.
Therese Coffey garantiu que o executivo "vai continuar a trabalhar com a polícia, veterinários e grupos de bem estar animal".
Seis das dez mortes por ataques de cães no país, durante o último ano, envolveram a raça agora banida. A mais recente vítima mortal foi Ian Prince, um homem de 52 anos, que morreu, em setembro, devido aos ferimentos provocados por dois cães American Bully XL.