Cientistas do Canadá detetaram, pela primeira vez, na costa do Pacífico, radiação procedente da central nuclear japonesa de Fukushima, que sofreu um grave acidente em março de 2011.
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A existência de níveis baixos de isótopos de Césio-134 e de Césio-137 foi registada por cientistas da universidade de Vitória, na ilha de Vancouver, no porto canadiano de Ucluelet.
As amostras foram recolhidas em fevereiro e, de acordo com os cientistas, os níveis de radiação não são perigosos nem para o ambiente, nem para a saúde dos habitantes da ilha de Vancouver, de acordo com os meios de comunicação locais.
Os cientistas tinham previsto que a radicação oriunda de Fukushima ia chegar este ano às costas da América do Norte, depois de percorrer mais de 7600 quilómetros, que separam a central japonesa da costa canadiana do Pacífico.
Em comunicado, a instituição norte-americana "Woods Hole Oceanographic Institution" (WHOI), que analisou as amostras de Ucluelet, afirma que "se alguém nadasse seis horas por cada dia do ano em águas que contêm níveis de césio duas vezes superiores aos da amostra de Ucluelet, ia receber uma dose de radiação que seria mais de uma milésima parte de uma única radiografia aos dentes".
A 11 de março de 2011, um sismo de magnitude 9, seguido de um tsunami, assolou o nordeste do Japão, causando mais de 18 mil mortos e desaparecidos e o pior acidente nuclear civil desde Chernobil, na Ucrânia, em 1986.