O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, instou o líder da região da Catalunha, na sequência dos atentados da semana passada, a dedicar-se ao que realmente preocupa os cidadãos e a renunciar aos planos independentistas.
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O assunto dominou grande parte da intervenção de Rajoy numa ação partidária em Cerdedo-Cotobade, que tinha sido adiada por um dia para que o governante pudesse participar na manifestação celebrada em Barcelona contra o terrorismo.
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Apesar da dor causada pelos recentes atos terroristas, Rajoy garantiu que o país não se irá deter, instando, neste contexto, os dirigentes a dedicarem-se ao "fundamental" e a deixar uma mensagem a Carles Puigdemont:
"O que devia acontecer é que algumas polémicas rançosas que nada acrescentam à coexistência sejam esquecidas", afirmou.
Rajoy concretizou que, para si e para a maioria dos espanhóis, o melhor era que "alguns responsáveis políticos renunciem aos seus planos de rutura, divisão e radicalismo".
"Acho que isso é o que também quer a maioria da sociedade catalã", acrescentou o líder, que garantiu que o seu governo vai cumprir a responsabilidade de defender a soberania, a Constituição e a legalidade da Catalunha.
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O número de mortos dos atentados em Barcelona aumentou para 15, após o falecimento este domingo de uma cidadã alemã, de 51 anos, informou a proteção civil catalã. Uma outra pessoa morreu no atropelamento em Cambrils.
Segundo as autoridades espanholas, a célula responsável pelos ataques era constituída por 12 homens, oito dos quais foram abatidos e quatro detidos após os ataques.
Dos quatro detidos, dois foram libertados condicionalmente e outros dois estão detidos sem fiança.