O presidente de Cuba, Raul Castro, pretende que os cubanos mudem a mentalidade em relação aos cultos religiosos no país, reafirmando a importância de avançar com as reformas económicas para garantir o "irrevogável carácter socialista" do regime.
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"O nosso pior inimigo não é o imperialismo (norte-americano) nem muito menos os seus assalariados em solo pátrio, são os nossos erros e se forem analisados em profundidade, se transformam em lições", disse.
O presidente de Cuba falava durante a sessão plenária da Assembleia Nacional (Parlamento), durante o qual chamou a atenção para "o dano que os conceitos obsoletos causam às pessoas e à própria revolução".
Como exemplo da "mentalidade arcaica" citou a destituição de uma funcionária e membro do Partido Comunista de Cuba, em Fevereiro último, por participar em alguns domingos a uma igreja da sua localidade.
No seu entender a destituição foi uma flagrante violação dos Direitos Humanos, pelo que pediu a sua readmissão.
"Há muitos anos que a nossa revolução superou o cenário de confrontação com algumas das instituições religiosas, etapa em que de ambas partes se cometeram erros de maior ou menor envergadura", frisou.
Referiu que há inimigos de Cuba que aspiram fomentar confrontos entre os crentes e o processo revolucionário, frisando que fracassaram porque a imensa maioria dos cubanos humildes com crenças religiosas apoiaram a revolução.
"Atitudes como as aqui criticadas atentam contra a nossa principal arma para garantir a independência e soberania nacional, ou seja a unidade da nação", frisou.