Um recluso espanhol é suspeito de incentivar outros presidiários a juntarem-se à ideologia radical islâmica e de ter chegado a formar uma célula jiadista dentro da prisão. Também terá admitido intenções de cometer crimes de terrorismo quando saísse em liberdade.
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O radical islâmico, que estava detido na prisão de Daroca, na província de Aragão, por pequenos delitos foi, esta quinta-feira, na sequência de uma longa investigação, novamente detido, por suspeitas de radicalizar e atrair outros presos para as ideologias jiadistas. Segundo avançaram fontes próximas do caso ao jornal "El Español", que noticiou hoje a investigação, o homem tinha um grande controlo sobre os seus seguidores, proibindo-os de manterem contacto com outros reclusos que não seguissem as doutrinas fundamentalistas e incentivando-os a agredirem aqueles que considerassem "inimigos".
Em todas as prisões onde antes tinha estado, o recluso terá tentado recrutar outras pessoas para se tornarem radicais, tendo conseguido, com sucesso, converter algumas delas e criado uma célula rebelde, adianta o diário espanhol. O indivíduo, que estava prestes a sair em liberdade, tinha admitido também as intenções de cometer crimes de terrorismo quando saísse da prisão.
Antes do verão, já tinha havido um alerta prisional sobre um preso radical que estava a recrutar novos membros. A investigação, que culminou esta quinta-feira na detenção do homem, foi levada a cabo pela Comissão de Informação Geral da Polícia Nacional, com a colaboração de entidades nacionais e marroquinas.
De acordo com o que o "El Español" noticiou, as prisões espanholas albergam 44 reclusos que são vistos como "doutrinadores jiadistas" e que, por espalharem a doutrina em meio prisional, constituem uma das preocupações principais do Ministério do Interior e da Secretaria-Geral das Instituições Penitenciárias.
Desde dezembro, foram apanhados 10 presos que pretendiam atrair e ensinar a ideologia jiadista a outros presidiários.