É conhecida como "a prova dos dedos" ou teste de virgindade e é praticada pelas autoridades de forma generalizada nas mulheres que pretendem ingressar na Polícia indonésia. A denuncia foi feita por uma organização de defesa dos Direitos Humanos.
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A Human Rights Watch divulgou as conclusões de um relatório elaborado com base em depoimentos de recrutas, agentes no ativo, reformadas, médicos e ativistas dos direitos das mulheres em seis cidades da Indonésia.
A prova de virgindade não é oficial, mas é prática comum na Polícia Nacional, acusada de "discriminar, agredir e humilhar as mulheres", pela organização.
"Entrar na sala da prova de virgindade foi terrível. Tive medo de deixar de ser virgem depois do teste, doeu muito, uma das minhas amigas desmaiou", disse uma polícia indonésia.
O relatório revela ainda casos de mulheres que só tinham conhecimento do teste imediatamente antes de o fazerem, quando eram avisadas da necessidade de fazer um "exame interno".
Esta prática é considerada uma violação dos Direitos Humanos em vários tratados internacionais ratificados pela Indonésia. É também comum no Afeganistão, no Egito e na Índia.