Quatro mulheres militares israelitas, Liri Albag, de 19 anos, Karina Ariev, Daniella Gilboa e Naama Levy, de 20, foram este sábado de manhã libertadas pelo Hamas, como estava previsto no âmbito do acordo de cessar-fogo com Israel.
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Pouco depois das 11 horas locais (9 horas em Portugal continental), um elemento do Hamas e outro do Comité Internacional da Cruz Vermelha assinaram um documento, em plena praça Saraya, em Gaza, enquanto uma multidão aguardava a libertação das reféns, que saíram dos carros sorridentes, aparentemente bem de saúde.
As jovens, em uniformes cáqui, foram expostas pela primeira vez durante alguns segundos num pódio, montado para a ocasião pelo Hamas, diante de dezenas de combatentes armados do Hamas e da Jihad Islâmica e de centenas de residentes.
As quatro mulheres soldado, Karina Ariev, Daniella Gilboa e Naama Levy, capturadas no ataque do Hamas em outubro de 2023, foram, então, levadas para Israel, que irá entregar ao Hamas 200 prisioneiros palestinianos.
Esta lista de 200 prisioneiros, alguns dos quais serão trazidos de volta para Gaza e outros para a Cisjordânia ocupada, inclui 120 condenados à prisão perpétua, entre os quais 70 devem ser exilados fora dos Territórios Palestinianos, disse uma fonte palestiniana, citada pela AFP.
Na ocasião, as quatro mulheres foram transportadas para a base de Nahal Oz, perto da fronteira com Gaza, quando militantes palestinianos a invadiram, matando aí mais de 60 miliares. As jovens serviam numa unidade de vigias encarregadas de monitorizar ameaças ao longo da fronteira.
Uma quinta mulher soldado da mesma unidade, Agam Berger, 20 anos, foi sequestrada com as outras quatro, mas não foi incluída na lista.
A trégua visa encerrar a guerra mais mortífera e destrutiva já travada entre Israel e o Hamas. O frágil acordo manteve-se até agora, silenciando ataques aéreos e foguetes e permitindo que mais ajuda fluísse para o pequeno território costeiro.