Aos 45 anos, Mswati III, o último rei absoluto de África, anunciou que vai casar pela 15ª vez. A escolhida para fazer parte do harém real chama-se Sindiswa Diamani tem apenas 18 anos.
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Entre as milhares de jovens que participaram no baile das virgens, Mswati III escolheu uma rapariga de 18 anos para ser sua esposa, naquele que será o seu 15º casamento. A confirmação chegou através de Timothy Mtetwa, porta-voz real, que disse que "o rei já escolheu uma nova Lipovela" (noiva, em suázi). O matrimónio acontecerá depois da noiva engravidar, como é tradicional.
Da eleita, sabe-se que teve formação na Escola Secundária de Sant Francis, em Mbabane, e que foi uma das finalistas do concurso de beleza nacional que escolhia a Miss Património Cultural. No baile da eleição, milhares de mulheres dançam seminuas ao som do Umhlanga.
Dita a tradição que durante as celebrações o rei escolha a sua próxima noiva, apesar da sua mãe, a rainha Ntombi, ter garantido que Mswati III não o iria fazer. "Não vai eleger nenhuma esposa, não cabem mais mulheres no palácio", disse ao "El Mundo" antes da festa.
De acordo com o mesmo jornal, durante o baile Sindiswa Diamani apresentou-se com plumas vermelhas na cabeça, adereço reservado às jovens da linhagem real.
A notícia chama a atenção para o monarca que há muito é contestado pelo estilo de vida luxuoso. Estimativas da revista "Forbes" calculam que o último monarca absoluto de África tenha uma fortuna superior a 200 milhões de dólares (cerca de 150 milhões de euros) num país onde, de acordo com a ONU, cerca de 70% dos habitantes vivem abaixo da linha de pobreza.
Segundo o "El Mundo", Mitswai chegou às festas num Rolls Royce vermelho, possui um avião privado e vários palácios luxuosos distribuídos pelo reino.
No que à vida amorosa do rei diz respeito, o monarca soma já três separações.
LaDube, uma das suas antigas esposas alegou ter sido sequestrada num palácio, onde era abusada física e psicologicamente por parte dos próprios guardas.
O casamento ocorreu em 2005, quando a mulher tinha apenas 16 anos, e pouco tempo depois o rei ter aprovado uma lei que proibia relações com menores de 18 anos para evitar o avanço da Sida, que afeta cerca de 26% da população do país.
Também a sul-africana LaGiga saiu do país após ter feito denúncias de abusos e de sequestros durante o matrimónio.