O Reino Unido anunciou, esta quarta-feira, um novo pacote de sanções contra militares russos e figuras próximas do Kremlin que estarão envolvidas na ofensiva militar contra a Ucrânia.
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No total, são visadas seis empresas que fornecem equipamento militar, tais como 'drones', assim como oito indivíduos e uma empresa ligada ao financiamento do regime.
O anúncio de hoje coincide com a visita do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao Reino Unido para um encontro com o primeiro-ministro, Rishi Sunak, e um discurso no parlamento.
Entre as empresas sancionadas estão a CST, fabricante de drones russos que têm sido utilizados para destruir veículos de combate ucranianos, a RT-Komplekt, que produz peças para helicópteros utilizados pela Rússia, a Oboronlogistics, que organiza o transporte e a entrega de equipamento militar russo, ou a Topaz, uma empresa de software envolvida na aviação militar.
Na lista de sanções estão também nomeadas várias pessoas ligadas a Putin "através de redes financeiras opacas", nomeadamente empresários e funcionários públicos como Boris Titov e o filho Pavel, Nikolay Egorov, Sergey Rudnov (proprietário do jornal pró-Kremlin Regum), Svetlana Krivonogikh, Viktor Myachin, Alexey Repik e Evgeny Shkolov.
"Estas novas sanções aceleram a pressão económica sobre Putin, enfraquecendo a sua máquina de guerra para ajudar a Ucrânia a prevalecer. Estou determinado, de acordo com as nossas leis, que a Rússia não tenha acesso aos bens que congelámos até ao fim, de uma vez por todas, das ameaças à soberania e integridade territorial da Ucrânia", afirmou o ministro das Finanças, James Cleverly.
O Reino Unido já sancionou mais de 1300 indivíduos e entidades desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, bem como sanções económicas em coordenação com parceiros internacionais.
Estas medidas impediram o comércio total ou parcial de mais de 20 mil milhões de libras (22.500 milhões de euros), reduzindo em 98% as exportações de maquinaria e equipamento de transporte, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Reino Unido forneceu até agora 2300 milhões de libras (2600 milhões de euros) em ajuda militar e 1.500 milhões de libras (1700 milhões de euros) em apoio económico e humanitário
Zelensky agradece "grande apoio" do Reino Unido
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu ao Reino Unido o "grande apoio" desde o início da invasão russa, em breves palavras após a chegada à residência do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em Londres.
Em declarações durante a recolha de imagens no interior do número 10 de Downing Street, Zelensky destacou o "grande apoio desde os primeiros dias da invasão em grande escala" e as "boas relações" com Sunak. O líder ucraniano acrescentou que o encontro de hoje é "muito importante para a segurança [da Ucrânia] e, claro, para a segurança do mundo".
Antes, na rede social Twitter, lembrou que o Reino Unido "foi um dos primeiros a vir em auxílio da Ucrânia" e que a visita a Londres visa "agradecer pessoalmente ao povo britânico pelo seu apoio e ao primeiro-ministro Rishi Sunak pela sua liderança".
Esta é a primeira visita de Zelensky ao Reino Unido e a segunda ao estrangeiro desde a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, após a visita a Washington a 21 de dezembro, onde foi recebido na Casa Branca pelo Presidente, Joe Biden, e falou perante o Congresso dos EUA.
Além de um encontro com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, Zelensky vai proferir um discurso no Parlamento britânico e visitar uma base militar em Inglaterra onde militares ucranianos estão a ser treinados. O Rei Carlos III também receberá o presidente em audiência no Palácio de Buckingham, em Londres.