Apesar da tensão, especialista em assuntos chineses acredita que não haverá conflito entre países.
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O crescimento da tensão entre os EUA e a China faz aumentar os temores de um possível conflito no Pacífico, mas Jorge Tavares da Silva, especialista em assuntos chineses, considera que esta possibilidade é bastante remota.
Apesar de o Mundo poder "assistir a uma retaliação chinesa com maior intensidade, não significa que se parta para um conflito armado no imediato", explica o professor da Universidade de Aveiro. O investigador acredita que a visita mostra que as "relações sino-americanas estão num dos momentos mais baixos dos últimos 40 anos", porém, "dependente das declarações de Nancy Pelosi em Taiwan, talvez não passe de mais uma crise pontual".
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O analista lembra ainda que a viagem não teve "a aprovação de Joe Biden, o que é um fator atenuante, tal como o facto do presidente americano ter vincado que defende o principio de "uma só China"".
Cauteloso em relação ao futuro, Jorge Tavares da Silva analisa as ameaças do regime chinês como meros alertas e explica que "não devemos ter mudanças substanciais. Só teremos uma alteração das circunstâncias se a China retaliar contra Taiwan", conclui.
Foi há 25 anos que o Newt Gingrich , então presidente da Câmara dos Representantes, esteve em Taiwan. Esta foi a última vez que um elemento de topo da política norte-americana esteve presente na ilha.
A Casa Branca considerou "não existir qualquer problema de soberania" com a visita de Pelosi a Taiwan, referiu John Kirby, coordenador de comunicações do Conselho de segurança nacional.