O Senado norte-americano divulgou, esta terça-feira, um relatório sobre os métodos de tortura utilizados pela CIA depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, motivando críticas entre os republicanos que receiam reações violentas em todo o mundo.
Corpo do artigo
As medidas de segurança foram reforçadas junto às instalações diplomáticas e bases militares norte-americanas antes da publicação do relatório, que ainda assim omite o conteúdo mais sensível.
O relatório inclui detalhes de ameaças sexuais e de outras técnicas de interrogatório dos agentes da CIA em interrogatórios duros com suspeitos capturados após o 11 de setembro de 2001, revelaram fontes próximas da investigação.
O relatório é fruto de uma investigação que durou mais de três anos, entre 2009 e 2012, com o objetivo de revelar pormenores sobre o programa criado em segredo pela CIA para interrogar os detidos suspeitos de terem ligações à Al-qaeda e que incluía simulações de afogamento e privação de sono.
"O Presidente acredita que é importante que seja publicado para que as pessoas dos Estados Unidos e de todo o mundo compreendam exatamente o que se passa", explicou Josh Earnest, porta-voz de Barack Obama, que pôs fim ao programa quando chegou à Casa Branca em janeiro de 2009.
Reconhecendo que não há "um bom momento" para publicar um documento deste tipo, Josh Earnest disse ser indispensável a sua divulgação para assegurar que "tal não volta a acontecer".
O relatório foi aprovado por uma comissão do Senado em dezembro de 2012 que, em abril deste ano, votou a favor da divulgação de um resumo de 500 páginas.