A comissão política da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) apelou à calma dos militantes e remeteu para sábado, na cidade da Beira, o anúncio das cerimónias fúnebres do líder do partido, Afonso Dhlakama.
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"A comissão política nacional apela a todos os membros, simpatizantes e sociedade em geral [para terem] muita calma e coragem. Amanhã [sábado] anunciaremos o programa das exéquias fúnebres" e respetivas datas, referiu Ossufo Momade, chefe do departamento de defesa da Renamo.
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Tratou-se da primeira comunicação oficial do partido, 36 horas depois da morte de Dhlakama.
A comissão política interrompeu a reunião que se iniciou durante a tarde, na sua sede provincial, na cidade da Beira, para ser feita a breve declaração por Ossufo Momade - em que o partido confirmou a morte, por doença, do seu presidente, às 08 horas de 03 de maio, na Serra da Gorongosa.
Fonte do partido disse à Lusa que as cerimónias públicas deverão decorrer na cidade da Beira, havendo depois a despedida familiar em Mangunde, distrito de Chibabava, no interior da província de Sofala, terra natal do líder da Renamo.
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O Conselho de Ministros moçambicano anunciou também esta sexta-feira, após reunião extraordinária, em Maputo, que Dhlakama terá um funeral oficial ao abrigo do estatuto especial do líder do segundo partido com assento parlamentar.
Diversos militantes juntaram-se durante à tarde junto à sede distrital do partido à espera da marcação das cerimónias fúnebres. "Só saímos daqui quando soubermos quando é o funeral", referiu à Lusa, Cândido Vaja, um dos militantes.
Os detalhes continuam a ser preparados pela comissão política nacional da Renamo, que prossegue a reunião durante a noite.
Este é o primeiro encontro do órgão após a morte do líder.