Diversos membros do Partido Republicano saíram em defesa de Donald Trump depois de o ex-presidente norte-americano conhecer formalmente as 34 acusações de falsificação de documentos, nesta terça-feira.
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O caso foi classificado pelo magnata como um "insulto" aos Estados Unidos. "O único crime que cometi foi defender, sem medo, a nossa nação daqueles que procuram destruí-la", afirmou Trump, na noite de terça-feira, em frente a centenas de apoiantes que estavam na mansão de Mar-a-Lago, na Florida.
O antigo chefe de Estado atacou o procurador de Nova Iorque Alvin Bragg, numa retórica depois repetida pelos colegas partidários. O presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, acusou Bragg de interferir no processo democrático e considerou o caso "uma farsa".
A legisladora de extrema-direita Marjorie Taylor Greene, presente na mansão de Trump durante o discurso, afirmou que o magnata é o líder do partido. O ex-presidente norte-americano é o favorito para as eleições primárias republicanas, reunindo 48% de apoio, segundo uma sondagem da agência Reuters divulgada esta semana.
Até mesmo as alas republicanas mais críticas a Trump condenaram o processo. "Acredito que o promotor de Nova Iorque se esforçou para chegar a acusações criminais a fim de adequar-se a uma agenda política", referiu o senador Mitt Romney, esta terça-feira.
Apesar de o presidente Joe Biden não ter comentado a situação do antecessor, os democratas não deixaram de pronunciar-se. "Acredito que Donald Trump terá um julgamento justo", disse o líder da maioria azul no Senado, Chuck Schumer. Já a congressista Alexandria Ocasio-Cortez condenou a intimidação de Trump aos familiares do juiz Juan Merchan.
Outros processos
O caso em Nova Iorque não será o único que Donald Trump enfrentará na Justiça. Segundo a agência France-Presse, o processo sobre a presença de documentos ultrassecretos da Casa Branca na mansão do magnata na Florida está a ganhar força.
O ex-presidente norte-americano é ainda investigado criminalmente pela tentativa de anular as eleições de 2020 na Georgia. O estado não dava a vitória a um candidato democrata desde 1992, na eleição de Bill Clinton.