Os extremistas que mataram 20 reféns num restaurante em Daca são membros de um grupo local e não seguidores do autoproclamado Estado Islâmico, disse, este domingo, o ministro do Interior do Bangladesh.
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"Eles são membros do Jamayetul Mujahideen Bangladesh (JMB)", afirmou o ministro Asaduzzaman Khan à agência AFP, referindo-se ao grupo islamita banido do país há mais de uma década.
"Eles não têm ligações ao Estado Islâmico", frisou.
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O movimento extremista Estado Islâmico (EI) tinha reivindicado a autoria do ataque e a tomada de reféns, de acordo com a agência Amaq, ligada àquela organização radical, que teve lugar na noite de sexta-feira num restaurante de um bairro diplomático da capital do Bangladesh, que apenas chegou ao fim, 11 horas depois, no sábado, após uma ofensiva das forças de segurança.
A polícia divulgou os nomes e as fotografias dos seis atacantes que foram mortos no final da operação, sendo que um sétimo foi detido e está a ser interrogado.
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O governo do Bangladesh nega constantemente a presença de qualquer grupo jiadista internacional no país, em particular do grupo Estado Islâmico.
Asaduzzaman Khan afirmou que todos os atacantes pertenciam a famílias abastadas e tinham recebido educação superior. "Nenhum vem de uma madrassa" (escola islâmica)", disse.
Ao ser questionado por que se terão tornado então jiadistas, Asaduzzaman Khan respondeu: "Tornou-se moda".