A Frente Nacional (extrema-direita) venceu em pelo menos seis das 13 regiões na primeira volta das eleições regionais, com um resultado nacional recorde entre 27,2% e 30,8%, segundo as primeiras projeções.
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A Frente Nacional (FN) ultrapassa largamente a oposição de direita e os socialistas do presidente François Hollande em três regiões decisivas a norte (Nord-Pas-de-Calais-Picardie), onde se apresenta a sua presidente Marine Le Pen, no sudeste (Provence-Alpes-Côte d'Azur), onde a campanha foi conduzida pela sua sobrinha Marion Maréchal-Le Pen, e no leste (Alsácia-Champagne-Ardenas-Lorena), com o estratega do partido, Florian Philippot.
Marine Le pen obteve na sua região entre 40,3% e 43% de votos, à frente da oposição de direita (24 a 25%) e dos socialistas (entre 18 e 18,4%), segundo as estimativas dos institutos de sondagens.
A sobrinha, Marion Maréchal-Le Pen, conseguiu um resultado ainda mais favorável, ao ter entre de 41,2% a 42,9% dos votos, com larga vantagem face à direita (24 a 26%) e ao Partido Socialista (PSF, entre 15,8% e 18,1%).
A líder da FN, Marine Le Pen, congratulou-se com o "magnífico resultado", considerando que o seu partido "é a única frente verdadeiramente republicana". Num discurso após a divulgação das projeções, apelou a "todos os patriotas franceses" para se unirem em torno da FN na segunda volta.
Mais de 44 milhões de eleitores foram chamados às urnas, e a segunda volta está prevista para 13 de dezembro. A taxa de participação rondou hoje os 50%, uma forte subida face ao escrutínio regional de 2010, então assinalado por forte abstenção.
No plano nacional "parece que somos o primeiro partido de França, muito à frente da aliança OS Republicanos - centristas", felicitou-se o vice-presidente da FN, Florian Philippot, citado pela agência noticiosa AFP.
O PSF, no poder, dirigia até ao momento a quase totalidade das regiões. Na segunda volta, prevê-se que apenas consiga manter três ou quatro regiões.