Ricardo Teixeira deve deixar o comando da CBF

"Amanhã (quinta-feira), Ricardo Teixeira deve deixar a CBF", diz a nota publicada na edição desta quarta-feira do jornal "O Globo". Os rumores sobre uma possível saída de Ricardo Teixeira do comando da entidade máxima do futebol brasileiro surgiram no início desta semana.

Segundo a "Espn Brasil", o site da CBF publicará apenas uma nota curta comunicando que Ricardo Teixeira se desligará do comando da entidade. O seu substituto, inclusive, já estará definido: José Maria Marin, vice da região Sudeste.

Pressionado e cada vez com menos poder, Ricardo Teixeira sofre com novas denúncias de corrupção. De acordo com o jornal "Folha de S. Paulo", Teixeira terá ligação com uma suposta sobrefacturação na organização do particular entre Brasil e Portugal, disputado em 2008, em Brasília.

Documentos mostram que a VSV, empresa criada oito dias antes do particular e que tem como sócia a Ailanto Marketing - investigada pelos valores de hospedagem e passagens aéreas envolvidos -, foi registada no endereço de uma das fazendas do dirigente da CBF, no interior do Rio de Janeiro. Registada como uma agropecuária, encerrou as actividades em Janeiro de 2011.

A Ailanto Marketing é de propriedade do presidente do Barcelona e ex-executivo da Nike, Sandro Rossell, que é amigo pessoal de Ricardo Teixeira, e de Vanessa Precht, secretária do dirigente espanhol. Na ocasião, a empresa foi escolhida como organizadora do particular sem licitação.

Segundo a publicação brasileira, o amigável custou cerca de cerca de 4 milhões de euros, pagos pelo então governador José Roberto Arruda à empresa Ailanto.

Para a hospedagem da selecção brasileira, foram cobradas diárias de 220 euros por quarto no Hotel Alvorada, quando o valor praticado no início das investigações era de cerca de 140 euros. A selecção portuguesa ficou hospedada no Hotel Kubitschek, com diárias no valor de 212 euros. A tarifa normal do hotel é de 130 euros.