O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, renunciou, esta segunda-feira, ao cargo e à direção do Comité Organizador do Mundial2014, revelou o vice-presidente do organismo, José Maria Marin, seu sucessor.
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"Fiz o que estava ao meu alcance. Renunciei à saúde", referiu Teixeira, de 64 anos, numa carta lida por Marin.
Presidente da CBF há 23 anos, Teixeira tinha anunciado, na quinta-feira, que iria deixar provisoriamente o cargo, por motivos de saúde, mas a imprensa noticiava a possibilidade de renúncia, devido a investigações de corrupção.
Uma das investigações remonta ao início dos anos 1990, na qual o dirigente é acusado de transferência ilegal de fundos e branqueamento de capitais.
Teixeira é também suspeito de ter recebido subornos pelos direitos televisivos de mundiais, no caso da ISL, antiga agência de "marketing" da FIFA, que será julgado na Suíça.
Também sobre investigação está o particular entre Portugal e Brasil, em 2008, no qual uma empresa, com ligações a Teixeira, é suspeita de facturamento excessivo.
Há duas semanas, Teixeira tinha sido confirmado no cargo pelas 27 federações regionais até ao final do mandato, em 2015.
Marin, sucessor de Teixeira, é mais conhecido pela sua carreira política, tendo sido governador de São Paulo durante o regime militar.