Roman Polanski chega a acordo com vítima que o acusou de violação quando era menor

Roman Polanski admitiu, em 1977, ter violado outra mulher, Samantha Geimer, durante 13 anos consecutivos
Foto: Thomas Samson
O realizador de cinema Roman Polanski evitou ser julgado por uma suposta agressão sexual a um menor em 1973, depois de chegar a acordo com a vítima, segundo informa a estação francesa TF1.
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A queixa civil, apresentada no ano passado, refere que Polanski levou uma adolescente a jantar num restaurante em Los Angeles, em 1973. A vítima alegou que Polanski lhe levou tequila e, quando começou a sentir-se zonza, o cineasta levou-a para a sua casa onde a terá agredido sexualmente.
"Ela disse: 'Por favor, não faças isso'", afirmou Gloria Allred, advogada da queixosa, segundo a TF1, afirmando que a suposta agressão causou à menor "uma tremenda dor física, emocional e sofrimento".
No entanto, Allred confirmou que o caso foi formalmente arquivado depois de um acordo entre as partes. A queixa, que visava danos e prejuízos, foi apresentada em junho de 2023, pouco antes de expirar uma lei da Califórnia que permitia um prazo alargado para apresentar queixas contra os autores de agressões sexuais.
Não foi a primeira vez que o cineasta enfrentou um caso destes. Em 1977, admitiu ter cometido a violação de Samantha Geimer, durante 13 anos consecutivos, num acordo de culpabilidade para evitar um julgamento por acusações mais graves. Fugiu para França no ano seguinte, depois de cumprir 42 dias de prisão. Desde então, foi para os Estados Unidos.
Além disso, entre 2017 e 2019, quatro mulheres acusaram Polanski de agressão sexual e violação, algo que sempre foi negado e que não o impediu de trabalhar.
