A morte de Émile Soleil, um menino de dois anos e meio que desapareceu numa vila nos Alpes franceses no verão passado, permanece sem explicação, apesar da descoberta do crânio por uma caminhante no fim de semana, disse o procurador na terça-feira.
Corpo do artigo
O crânio e os dentes encontrados até agora “não indicam qual foi a causa da morte de Émile”, disse o procurador de Aix-en-Provence, Jean-Luc Blanchon, aos jornalistas, acrescentando que, até agora, “entre uma queda, homicídio culposo e assassinato, nenhuma hipótese pode ter maior precedência sobre outra para explicar a morte".
O procurador revelou que algumas roupas da criança foram encontradas perto de onde o crânio foi descoberto pela caminhante. Uma camisola, calções e sapatos vão ser examinados.
“Não foi observada nenhuma lesão ante mortem (antes da morte) no crânio”, acrescentou, afirmando que havia marcas que poderiam ter sido causadas após a morte por animais na área.
O procurador acrescentou que a mulher que encontrou os restos mortais colocou "cuidadosamente" o crânio num saco de plástico antes de voltar para casa com ele e ligar para a polícia.
Segundo Blanchon, as investigações onde o crânio foi encontrado vão continuar "provavelmente amanhã".
Emile Soleil estava na casa de verão dos avós, na pequena aldeia de Le Haut-Vernet, quando desapareceu em julho. De acordo com a imprensa francesa, o menino estaria a brincar no jardim da casa dos avós, depois de ter dormido a sesta, quando deixou de ser visto. A mãe e o pai estavam ausentes no dia do seu desaparecimento.
Foi aberto um inquérito judicial e mobilizados para o local do desaparecimento vários recursos, incluindo helicópteros e drones, mas só no sábado foram encontradas as ossadas da criança "perto da aldeia de Vernet".