Não há melhor lugar no Mundo para encontrar o Pai Natal. Esse mesmo, o verdadeiro, à vista desarmada na sua aldeia. Na capital da Lapónia, no Círculo Polar Ártico, os dias são azuis, a cidade é branquinha, há uma floresta coberta de neve, e há duendes, e há renas, e há trenós.
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Por esta altura, a capital da Lapónia já está em contrarrelógio para o grande dia, as cartas chegam aos milhares, a fábrica dos brinquedos corre a toda a velocidade. Aqui, o conto de fadas salta das páginas dos livros e torna-se real.
O posto de correios está num rebuliço, duendes de chapéus pontiagudos por todo o lado, cartas e mais cartas, postais de todas as cores e feitios. Não é para menos, o Natal está aí à porta. Rovaniemi, cidade oficial do Pai Natal, na Lapónia finlandesa, está em contrarrelógio. Chegam aqui mais de meio milhão de cartas todos os anos, de cerca de 200 países, todas organizadas milimetricamente por nação em pequenos amontoados que tomam conta de uma parede completa. Portugal, Itália, Chile, Japão, uma etiqueta para cada país. “O posto de correios está aberto todos os dias do ano. E todas as cartas dirigidas ao Pai Natal vêm aqui parar.” Auli Sihvo, duende, voz de desenho animado, sorriso de orelha a orelha, óculos na ponta do nariz, diz que nesta época chegam a ser 35 mil por dia. “Mas não recebemos só cartas. Também nos mandam chocolates, sou eu que os como. Brinquedos, chupetas, muitas chupetas.” Há um pote transparente, ali mesmo, a fazer prova disso, carregado delas.