A Rússia advertiu, esta quinta-feira, a Ucrânia de que o seu projeto de relançar o processo de adesão à NATO pode atrapalhar a procura de uma solução para o conflito no país.
Corpo do artigo
O pedido da Ucrânia para iniciar a adesão à Aliança Atlântica "é uma tentativa evidente de fazer descarrilar todos os esforços visando iniciar um diálogo para garantir a segurança nacional", considerou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, durante um encontro com o secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjorn Jagland.
A Rússia espera que Kiev e os rebeldes pró-russos do leste da Ucrânia aproveitem o plano proposto na quarta-feira pelo presidente russo, Vladimir Putin, para "se chegar a um acordo" numa reunião em Minsk na sexta-feira, adiantou Lavrov.
O presidente ucraniano, Petro Porochenko, deve dirigir-se esta quinta-feira aos líderes da NATO, durante a cimeira da organização no País de Gales.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Iatseniuk, anunciou a semana passada a intenção da Ucrânia de relançar o processo de adesão à Aliança Atlântica face à "agressão" russa.
Em abril de 2008, na cimeira de Bucareste, os dirigentes dos países da NATO concordaram que a Ucrânia poderia juntar-se à Aliança, o que muito irritou a Rússia. Mas em 2010, o governo pró-russo do presidente Viktor Ianukovitch abandonou tal objetivo, embora mantivesse a cooperação com a organização militar.