A Rússia registou, este domingo, mais de 1200 mortes por covid-19, pelo quinto dia consecutivo, numa semana em que o país ultrapassou por três vezes o máximo de óbitos diários desde o início da pandemia.
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Nas últimas 24 horas morreram na Rússia 1219 pessoas por covid-19 e foram registadas 38.823 novas infeções, de acordo com os dados divulgados pela comissão governamental criada para lutar contra a propagação do novo coronavírus.
Os números de óbitos mais elevados foram registados na capital, Moscovo (com 95 mortes), seguida de São Petersburgo (80) e da região de Moscovo (59).
As autoridades russas atribuem a forte subida do número de infeções observada ao longo das últimas semanas essencialmente à baixa taxa de vacinação no país, mas também à agressividade da variante delta e à falta de cumprimento rigoroso das normas sanitárias, como o distanciamento social, desinfeção frequente das mãos e uso de máscara.
Até esta sexta-feira tinham recebido o esquema de vacinação completo 57.961.578 cidadãos, o que coloca a imunidade de grupo em cerca de 49%, abaixo dos 80% que as autoridades pretendem alcançar.
Perante o agravamento da situação epidémica, o Governo russo enviou ao parlamento um projeto de lei que visa tornar obrigatória a utilização de um passe sanitário nos transportes e em locais públicos.
A iniciativa prevê que sejam dados passes sanitários a pessoas vacinadas, que recuperaram de infeção provocada pelo vírus SARS-CoV-2 ou com teste recente negativo para a covid-19.
Com 9.070.674 casos, a Rússia é o quinto país do mundo em número de infeções, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil e Reino Unido.