A Rússia construiu uma fábrica de munições para metralhadoras Kalashnikov na Venezuela, anunciou hoje a empresa estatal de tecnologia Rostec.
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"A empresa produzirá até 70 milhões de cartuchos por ano e aumentará significativamente o potencial de defesa do país, fornecendo à Venezuela munições produzidas internamente", segundo o comunicado da empresa no seu ‘site’.
A Rosoboronexport, agência estatal das exportações do complexo militar-industrial russo, foi responsável pela construção da fábrica, onde já foram inauguradas quatro linhas de montagem, duas das quais para munições com núcleo de aço e as restantes para a produção de cartuchos de 7,62 milímetros para armas de assalto Kalashnikov.
O complexo industrial inclui também outras estruturas auxiliares, como zonas de tiro e armazéns.
"Outras instalações de produção estão planeadas para serem inauguradas em breve, o que garantirá um ciclo completo de produção de munições e espingardas de assalto Kalashnikov para o exército, a polícia e outras agências de segurança pública venezuelanas", afirmou Oleg Yevtushenko, executivo da Rostec.
Por sua vez, o diretor-geral da Rosoboronexport, Alexander Mikheyev, lamentou que o projeto estivesse a ser implementado sob pressão das sanções impostas à Rússia, devido à sua invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, e à Venezuela.
A construção em curso de uma fábrica de espingardas de assalto AK-103 também foi noticiada.
O diretor-geral da Rostec, Sergei Chemezov, afirmou anteriormente que os Estados Unidos estavam a interferir na construção de uma fábrica de espingardas de assalto Kalashnikov na Venezuela.