Diretor do Serviço Federal de Segurança russo acusa Ocidente de facilitar ataque que tirou a vida a centenas de pessoas, em Moscovo. Vladimir Putin, presidente da Rússia, pede “castigo justo” para autores do "crime bárbaro".
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A Rússia continua a fazer ligações entre o atentado terrorista que ocorreu, na passada sexta-feira, em Moscovo, e a Ucrânia. A novidade é que, segundo o diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB, sigla em inglês), a ação contou com o contributo dos países aliados.
O líder dos serviços secretos russos, Alexander Bortnikov, disse, esta terça-feira, que, além da Ucrânia, também os EUA e o Reino Unido estão por trás do massacre que aconteceu no Crocus City Music Hall, mas não apresentou provas.
“Acreditamos que a ação foi preparada por islamitas radicais e, claro, foi facilitada pelos serviços especiais ocidentais”, referiu, citado pela agência Ria Novosti. O responsável informou que ainda não está claro quem ordenou o ataque, porém, aos olhos dos FSB, o objetivo dos atiradores era fugir para a Ucrânia, onde seriam “recebidos como heróis”.
Numa altura em que as autoridades russas já detiveram vários suspeitos, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu ao Ministério Público (MP) do país que seja aplicado um “castigo justo” aos autores do ataque. “Estou confiante de que os procuradores farão tudo o que for necessário para garantir que os criminosos recebam o castigo justo exigido pela legislação russa”, vincou o líder do Kremlin, lembrando que o crime de terrorismo pode ser punido com a pena de prisão perpétua.
O chefe de Estado, que esteve reunido com membros do MP, revelou que “os investigadores estão a apurar as circunstâncias que rodearam o crime bárbaro”, numa altura em que ainda estão a ser colocados em prisão preventiva outros suspeitos.
“Devemos matá-los?”
Um dia após quatro suspeitos terem surgido em tribunal com marcas de violência, Dmitry Medvedev, presidente do Conselho de Segurança da Rússia, defendeu que todos os culpados devem ser mortos.
“Devemos matá-los? Necessariamente. E vamos fazê-lo”, escreveu, no Telegram. O dirigente acrescentou: “É importante matar todos os envolvidos. Todos eles. Quem pagou, quem simpatizou, quem ajudou. Matem-nos a todos”.