O Reino Unido acusa Damasco de ataque químico contra civis, na Síria. A Rússia, aliada de Bashar al-Assad, diz que o regime sírio bombardeou um depósito de armas químicas dos rebeldes. Mais de 70 pessoas morreram.
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O chefe da diplomacia britânica, Boris Johnson, responsabilizou, esta quarta-feira, o regime de Damasco pelo ataque com armas químicas contra a localidade de Khan Cheikhoun, no norte da Síria, e que provocou 72 mortos, entre os quais vinte crianças.
"Todas as provas que vi indicam que foi o regime de Assad e com total conhecimento sobre o uso de armas ilegais, num ataque bárbaro contra as pessoas", disse Johnson aos jornalistas antes da conferência internacional sobre a Síria, em Bruxelas.
A Rússia saiu em defesa do aliado Bashar al-Assad. "Segundo os meios russos de controlo do espaço aéreo, ontem [terça-feira], entre as 11.30 e as 12.30, hora local, a aviação síria bombardeou na zona de Khan Cheikhoun um grande depósito de armamento dos terroristas (...). Na zona desse depósito encontrava-se uma fábrica para produção de minas com substâncias tóxicas", informou o porta-voz do Ministério de Defesa russo, Igor Konashenkov.
A Rússia já havia negado, na terça-feira, que a sua aviação tivesse bombardeado a zona e realizado um ataque contra os rebeldes, depois de o Observatório Sírio para os Direitos Humanos ter denunciado um ataque químico que causou a morte de 72 pessoas.
A organização não-governamental alertou que nas últimas horas aconteceram novos bombardeamentos em Khan Cheikhoun, realizados por aviões de guerra não identificados.