A Rússia vai aumentar a presença naval no Mediterrâneo Oriental, junto à Síria e à Turquia, com o porta-aviões "Almirante Kuznetsov".
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O anúncio foi feito, esta quarta-feira, pelo ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu.
O governante russo sublinhou que se encontram atualmente na região seis navios militares acompanhados de outros três navios de apoio logístico, aos quais se juntará o porta-aviões em meados de outubro.
O ministro acrescentou que "com o objetivo de garantir a defesa dos interesses nacionais e apoiar a paz, foi retomada a presença permanente da Armada russa no Mediterrâneo Oriental, que havia sido suspensa em finais do século passado".
Sergei Shoigu recordou que a V Esquadra soviética permitiu em 1967 evitar uma escalada do conflito israelo-árabe e foi sempre um fator de contenção perante qualquer ato hostil contra a URSS.
O líder da comissão de Defesa na câmara baixa do Parlamento russo, Vladimr Komoedov, considerou que o porta-aviões pode ser utilizado na intervenção aérea russa na Síria.
O "Almirante Kuznetsov" foi construído em 1985 e é o único porta-aviões da armada russa. Transporta os novos caças Mig-29.
O ministro russo divulgou esta informação após mais um fracasso do cessar-fogo na Síria, em resultado de dois ataques, um contra uma unidade do exército sírio, em que morreram cerca de cem soldados, e outro contra um comboio humanitário das Nações Unidas, que resultou em duas dezenas de mortos.