Os presidentes russo e ucraniano acordaram, esta quarta-feira, os passos necessários para um cessar-fogo no leste da Ucrânia, mas a Rússia não pode ser parte num acordo dado não estar envolvida no conflito, sublinhou o Kremlin.
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"(Vladimir) Putin e (Petro) Porochenko discutiram medidas que seriam favoráveis a um cessar-fogo entre os rebeldes e as forças ucranianas. A Rússia não pode concretamente negociar um cessar-fogo, pois não participa no conflito", indicou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência Ria-Novosti.
O esclarecimento do Kremlin surgiu depois de Porochenko ter anunciado que ele e Putin tinham acordado uma trégua permanente do conflito no leste da Ucrânia.
O anúncio foi feito quando decorre uma forte ofensiva dos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia, que, em pouco mais de uma semana, conseguiu recuperar dezenas de localidades controladas pelas forças de Kiev.
Para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é "demasiado cedo" para avaliar o acordo. "É demasiado cedo para dizer o que significa este cessar-fogo", declarou Obama numa conferência de imprensa em Tallinn. "Há uma oportunidade. Vamos ver se se concretiza", adiantou.