Ataques aéreos russos destruiram um posto de comando do grupo jihadista Estado Islâmico perto de Raqqa, no nordeste da Síria, assim como um bunker subterrâneo, anunciou o Ministério da Defesa russo.
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"No decurso das últimas 24 horas, aviões SU-34 e SU-24M efetuaram mais de 20 raides aéreos visando instalações do Estado Islâmico", indicou o Ministério da Defesa russo, assegurando que um posto de comando à Raqa e um bunker subterrâneo, que servia para guardar explosivos, foram destruídos.
Entretanto, Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa russo, citado pela agência EFE, adiantou que os ataques aéreos ocorreram nas províncias de Ided e Raqa, principal bastião do grupo extremista que se designa por Estado Islâmico naquele país árabe.
Os bombardeiros SU-24M destruiram também na zona de Yisr al Shugur (Idleb) uma base jiadista com armamento e automóveis militares utilizados pelos terroristas para cometer atentados, acrescentou o general russo.
Na mesma província ficou também totalmente destruída a fortificação do grupo extremista Estado Islâmico situada perto de Maaret al Nuaman, que continha armamento, munições e material explosivo.
Konashenkov explicou que a margem de erro das coordenadas das bombas KAB-500 utilizadas pelos aviões russos é de apenas cinco metros.
"Estas e outras bombas de alta precisão foram utilizadas nos últimos dias contra os obetivos do Estado Islâmico: centros de comando, armazéns de munições e fábricas que preparam explosivos para os terroristas suicidas", explicou.
O general russo revelou que os voos da aviação russa obedece a coordenadas fornecidas pelo comando militar sírio e que até ao momento não foram detetadas o uso de baterias antiaéreas por parte dos terroristas.
O general comentou ainda as imagens gravadas por drones em que se vêem fortes explosões causadas pelos bombardeamentos, o que demonstra que os alvos jihadistas acolhiam munições e material explosivo.
O porta-voz russo insistiu que o único objetivo dos bombardeamentos aéreos é liquidar os jihadistas e por essa forma defender o povo da ameaça terrorista.
O presidente norte-americano, Barack Obama, disse sexta-feira ser evidente que as forças russas na Síria "não distinguem entre o Estado Islâmico e a oposição moderada sunita e que isso é uma receita para o desastre".
"Refutamos a teoria de que para a Rússia quem estiver contra Asad é um terrorista", replicou o Ministério da Defesa russo.