O Kremlin apelou para que “todos atuem com moderação” depois da troca de ameaças entre Israel e o Irão. Rishi Sunak, primeiro-ministro britânico, considera ameaças iranianas “inaceitáveis”.
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A sucessiva troca de ameaças entre Israel e o Irão está a preocupar a comunidade internacional, que teme uma escalada da violência em todo o Médio Oriente. Tanto a Rússia como a Alemanha fizeram, esta quinta-feira, apelos à contenção.
As mensagens de alerta surgiram depois do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter dito que apenas pretende manter a guerra na Faixa de Gaza, mas não ter descartado ações militares em países vizinhos. “Quem nos prejudicar, nos vamos prejudicar. Estamos preparados para responder a todas as necessidades de segurança de Israel, tanto defensivamente como ofensivamente”, vincou o líder do Estado hebraico, durante uma visita a uma base da Força Aérea, citado pela agência Reuters.
Perante o discurso aceso de Telavive e de Teerão – que anteontem prometeu punir o país inimigo por um bombardeamento –, Moscovo decidiu intervir, ao lembrar que é “muito importante que todos atuem com moderação para não destabilizar completamente a situação na região”, referiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Além disso, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo alertou que os cidadãos que não era aconselhado viajar para o Médio Oriente.
Também a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, telefonou ao seu homólogo iraniano, Hossein Amirabdollahian, para pedir “máxima contenção”, de modo a evitar uma nova escalada militar.
A companhia aérea alemã Lufthansa, uma das duas únicas transportadoras ocidentais que voa para Teerão, estendeu a suspensão dos seus voos para a capital iraniana para evitar que a tripulação tenha de desembarcar na cidade.
Reino Unido condena
Rishi Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido, condenou as ameaças iranianas, classificando-as como “inaceitáveis”. O líder de Downing Street, que tem sido alvo de muitas críticas por continuar a permitir a circulação de armas para Israel, reafirmou o apoio inequívoco de Londres a Telavive.
O conservador acrescentou que o país já “destacou o Irão como um risco significativo para a segurança regional” e tomou medidas para proteger a população das ameaças de Teerão.