A Rússia iniciou esta terça-feira manobras navais no Pacífico, incluindo exercícios de guerra anti-submarina e exercícios contra ataques aéreos, informou o Ministério da Defesa de Moscovo através de um comunicado.
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O anúncio ocorre no momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, começa uma visita à Coreia do Norte para reforçar uma parceria estratégica ligada por "laços inquebráveis", segundo o líder norte-coreano Kim Jong Un.
As manobras, que envolvem cerca de 40 navios, lanchas e outras embarcações, bem como cerca de 20 aviões e helicópteros, "vão prolongar-se entre hoje e 28 de junho nas águas do Pacífico, do Mar do Japão e do Mar de Okhotsk" no Extremo Oriente russo, segundo a mesma nota do Ministério da Defesa.
Imagens vídeo publicadas pelo ministério russo mostram vários navios, incluindo um submarino, a navegar em formação ao largo do Mar do Japão, em Vladivostoque, porto de origem da frota russa do Pacífico.
"Em várias fases, os marinheiros vão praticar a guerra anti-submarina (...), ataques com mísseis contra grupos de navios de um inimigo convencional" e "repelir ataques aéreos e navais com drones", segundo o ministério.
Tratado de parceria estratégica global
Putin aprovou o projeto de um tratado de parceria estratégica global com a Coreia do Norte, segundo o Kremlin.
O presidente russo tenciona assinar o tratado com Kim Jong Un durante a visita de dois dias à Coreia do Norte.
A disposição presidencial aceita a proposta do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo "para assinar um Acordo de Parceria Estratégica Global entre a Federação Russa e a República Popular Democrática da Coreia", o nome oficial da Coreia do Norte.
Putin autorizou o ministério a introduzir alterações ao projeto de tratado que não sejam de natureza fundamental.
O conselheiro de Putin para a política internacional, Yuri Ushakov, disse na segunda-feira que o novo tratado substituirá os assinados entre Moscovo e Pyongyang em 1961, 2000 e 2001.
O documento terá em conta "todos os princípios universais do direito internacional, não terá um caráter de confronto, não será dirigido contra nenhum país e terá como objetivo garantir uma maior estabilidade na região do nordeste asiático", disse Ushakov.