A Rússia é o principal apoiante de Bashar al-Assad, que assim pretende manter a sua base naval no porto de Tartus, considerada de extrema importância para a imposição da influência russa no Mediterrâneo. Assad - pai e filho - sempre foram bons aliados de Moscovo, um bom fornecedor de armamento bélico.
Corpo do artigo
Segundo os analistas, a Rússia teria enviado um vasto arsenal de armas pesadas, helicópteros de combate, caças MiG-29 e MiG-31 e baterias antiaéreas S-3000 para as forças militares sírias. A empresa russa Rosoboronexport foi citada pela organização Human Rights Watch por estar a fornecer armamento às forças leais a Bashar al-Assad.
Outro apoiante do regime sírio é o Irão, tendo o líder supremo, Ali Khamenei, anunciado abertamente o seu apoio a Bashar. Consta que o Irão terá cedido à Síria nove milhões de dólares para ajudar o país a conseguir vencer as dificuldades causadas pelas sanções impostas pelo Ocidente.
Além disso, terá fornecido equipamentos de guerra e enviado dois navios de guerra para a região como prova de apoio à Síria. Fontes oficiais da ONU informaram que o Irão vendeu ao regime sírio vasto armamento antes do início da revolução popular, apesar das restrições impostas.
Acredita-se, também, que um contingente de soldados iranianos terá sido enviado para a Síria para combater ao lado das forças fiéis a Bashar.
Também a organização fundamentalista xiita Hezbollah, sediada no Líbano, manifestou, abertamente, o seu apoio ao governo sírio. Acredita-se que mais de cinco mil combatentes estão na Síria a lutar ao lado das forças fiéis a Bashar.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou o seu apoio ao governo sírio e acusou os EUA e a Europa de procurarem "uma grande guerra" na Síria como um recurso para sair da crise financeira e social que os afeta.
De igual forma, os países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América - Tratado de Comércio dos Povos emitiram uma declaração conjunta condenando qualquer tentativa de intervenção militar na Síria.
"As ameaças dos governos dos EUA e seus aliados contra a Síria repetem o mesmo padrão de mentiras e manipulações usado contra a Líbia, Iraque e Egito, entre outras nações, e que visa apenas o controlo da riqueza petrolífera da região e a expansão dos mercados ocidentais", afirmaram na declaração.
Internamente, o governo sírio conta com o apoio dos cristãos ortodoxos, que representam apenas 10% da população. A aliança entre Síria e Rússia é-lhes favorável já que contam com Moscovo como um bom apoio na defesa do cristianismo no mundo árabe. Caso os rebeldes vencessem o governo sírio, para os cristãos haveria o risco de uma limpeza étnica, da qual seriam as principais vítimas.