O exército russo desencadeou novas manobras na fronteira com a Ucrânia, em resposta à operação militar das autoridades de Kiev contra os separatistas pró-russos no leste do país, anunciou, esta quinta-feira, o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu.
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"Somos forçados a reagir a semelhante desenvolvimento da situação", declarou Shoigu, citado por agências russas. "Foram iniciados exercícios das unidades dos distritos militares do sul e do oeste. A aviação efetua voos (...) perto da fronteira", acrescentou.
O ministro exprimiu "grande preocupação" face ao assalto mortífero de tropas ucranianas contra os separatistas em Slaviansk, bastião dos rebeldes pró-russos no leste, e que até ao momento, segundo Kiev, provocou "cinco mortos" nas fileiras dos insurretos e ferimentos num soldado ucraniano.
"A autorização para a utilização de armas contra os civis do seu próprio país já foi emitida. Caso esta máquina militar não seja hoje travada, isso implicará um grande número de mortos e feridos", disse Shoigu.
O ministro russo afirmou ainda que 11.000 soldados ucranianos foram enviados para a operação contra os separatistas, que segundo disse não ultrapassam os 2.000.
"A relação de forças é claramente desigual", considerou.
Pouco antes, o Presidente russo Vladimir Putin tinha já definido a operação de Kiev no leste da Ucrânia como "um crime grave" e que teria "consequências", sem adiantar pormenores.