O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, disse, esta terça-feira, que "não existe uma única prova" sobre ingerência da Rússia nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
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"Estão a acusar-nos sem uma única prova de ingerência nas eleições, nem nos Estados Unidos nem em qualquer outro país", afirmou Lavrov durante uma conferência de imprensa realizada em Moscovo, esta terça-feira.
As declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia ocorrem menos de 24 horas depois de destacados membros da campanha eleitoral de Donald Trump terem sido acusados pela justiça norte-americana.
O antigo secretário-geral da campanha de Trump, Paul Manafort, e o adjunto, Rick Gates, foram indiciados na segunda-feira por vários crimes de lavagem de dinheiro e outro de conspiração contra os Estados Unidos.
O despacho de acusação informa que a lavagem de dinheiro ocorreu "pelo menos ao longo de 2016".
Um outro ex-membro da equipa da campanha de Trump, George Papadopoulos, foi acusado e declarou-se culpado, já no início de outubro, por mentir a investigadores do FBI.
Papadopoulos estava encarregado de questões de política externa e as suas declarações falsas "impediram a investigação em curso do FBI", sublinha um documento assinado pelo procurador Robert Muller, citado pela agência noticiosa France Presse.
Tratam-se das primeiras acusações decorrentes da investigação do procurador especial Robert Mueller no âmbito do processo de interferência russa na campanha para as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos.