A Rússia negou que o regime sírio tenha usado armas químicas em ataques na cidade de Douma, último bastião rebelde nos arredores de Damasco, na Síria, após acusações dos Estados Unidos e denúncias de várias associações.
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"Nós negamos veementemente essa informação", disse o general Yuri Yevtushenko, chefe do departamento russo que está em negociações sobre o conflito na Síria, citado por agências noticiosas russas.
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O responsável acrescentou que, "assim que Douma for libertada", a Rússia enviará para o local "especialistas em armas nucleares, químicas e biológicas para recolherem dados que confirmem que as acusações [dos Estados Unidos] são falsas".
Os Estados Unidos denunciaram a "proteção incondicional" da Rússia ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, e exigiram o "fim imediato" deste apoio, após o ataque químico que provocou dezenas de mortos.
Também o Observatório Sírio de Direitos Humanos denunciou que os bombardeamentos em Douma foram retomados de madrugada, após uma breve pausa.
Segundo esta organização não-governamental (ONG), os ataques aéreos tiveram uma interrupção de cerca de duas horas, intervalo que terá coincidido com o reinício das negociações entre a Rússia, a Síria e o Exército do Islão, que controla Douma.
A ONG relata, contudo, que de madrugada já se registaram bombardeamentos e ataques com mísseis e explosivos contra a cidade.
As novas ocorrências acontecem horas depois do ataque químico contra a cidade de Douma ter provocado dezenas de mortos.
A agência oficial síria, SANA, negou qualquer responsabilidade das forças sírias e assegurou que "as denúncias do uso de substâncias químicas em Douma são uma tentativa clara de impedir o progresso do exército", que na sexta-feira iniciou uma ofensiva contra os rebeldes naquela zona.