A defesa antiaérea das forças armadas sírias será "reforçada", no seguimento dos bombardeamentos norte-americanos contra a base aérea síria de Shayrat, anunciou esta sexta-feira o porta-voz das forças armadas russas.
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"Serão tomadas várias medidas o mais depressa possível para proteger as infraestruturas sírias mais sensíveis e melhorar a eficácia do sistema de defesa antiaérea das forças armadas sírias", declarou à comunicação social o porta-voz das Forças Armadas russas, Igor Konachenkov, citado pela agência France Press.
Os Estados Unidos lançaram na quinta-feira um ataque com "59 mísseis" contra a base aérea de Shayrat, que está "associada ao programa" sírio de armas químicas e "diretamente ligada" aos "horríveis acontecimentos" de terça-feira, de acordo com um responsável da Casa Branca.
Pelo menos 86 pessoas morreram na terça-feira na localidade Khan Cheikhun, na província rebelde de Idleb, no noroeste da Síria.
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As autoridades de Damasco reconheceram ter realizado o bombardeamento contra a localidade, mas negou categoricamente ter usado armas químicas.
Na versão do regime de Bashar al-Assad, o ataque atingiu um depósito de armas químicas da Frente Al-Nosra, contrabandeadas para a província de Idleb a partir da fronteira com o Iraque e a Turquia, e que foram escondidas em zonas residenciais de Khan Cheikhun.
A ONU confirmou que pelo menos 70 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH, oposição), com sede em Londres, elevou o número de mortos para 86 e a Defesa Civil Síria, também conhecidos como "Capacetes Brancos", fale em mais de 300 feridos.