A Rússia quer uma "reunião urgente" do Conselho de Segurança da ONU sobre a crise no leste da Ucrânia, anunciou o porta-voz da diplomacia de Moscovo, de acordo com imagens difundifas pela televisão russa.
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"A parte russa vai levar a situação de crise no sudeste da Ucrânia, com urgência, ao Conselho de Segurança da ONU e junto da OSCE", Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, declarou Alexandre Lukachevich.
Este anúncio surge depois de o governo de Kiev ter desencadeado uma "operação antiterrorista", no leste do país, contra rebeldes armados pró-russos.
Moscovo denunciou de imediato "a ordem criminosa" do presidente ucraniano Olexandre Turchinov "de recorrer ao exército para reprimir os protestos", e advertiu as autoridades ucranianas pró-europeias para abandonarem "a guerra contra o próprio povo".
Uma série de ataques visivelmente coordenados foram lançados, no sábado, nas cidades do leste da Ucrânia, região fronteiriça da Rússia, por homens armados, que envergavam, na maior parte dos casos, uniformes sem identificação.
Este aumento de tensão fez recear que Moscovo, que concentrou até 40 mil homens junto à fronteira, aproveite este pretexto para uma intervenção, uma vez que o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu defender "a qualquer preço" os cidadãos russos no espaço da ex-URSS.
De acordo com o ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, a contraofensiva desencadeada em Slaviansk, causou um morto e cinco feridos do lado lealista e "um número indeterminado" de vítimas entre os separatistas. A administração regional contou um morto e nove feridos.
Moscovo nunca reconheceu o governo provisório pró-europeu chegado ao poder após o derrube, no final de fevereiro, do presidente pró-russo Viktor Ianukovich, na sequência de manifestações sangrentas na capital ucraniana.