A Rússia não planeia fornecer petróleo e gás a países que apoiam um tecto de preço para o petróleo russo, mas ainda não há uma posição definitiva de Moscovo. Até porque o G7 ainda não chegou a acordo.
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"A partir de agora, mantemos a posição do presidente Putin de que não forneceremos petróleo e gás aos países que estabelecerem e aderirem ao limite", anunciou, esta quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em declarações aos jornalistas, ressalvando, no entanto, a necessidade de "analisar tudo" antes de formular uma posição final.
O G7 - grupo de países que engloba Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália, Japão e Reino Unido - está a analisar um limite de preço para o petróleo russo transportado por via marítima de 65 a 70 dólares por barril (62 a 67 euros), embora os governos da União Europeia ainda não tenham chegado a um consenso e as negociações, intensificadas nos últimos dias, devam continuar.
Putin debateu limite com líder iraquiano
O presidente russo discutiu esta quinta-feira as tentativas ocidentais de limitar o preço do petróleo russo num telefonema com Mohammed Shia al-Sudani, o novo primeiro-ministro iraquiano. De acordo com o Kremlin, Putin disse a Sudani que um tecto de preço teria sérias consequências para o mercado global de energia.
"Vladimir Putin enfatizou que tais ações contradizem os princípios das relações de mercado e são altamente suscetíveis de provocar sérias consequências para o mercado global de energia", indica comunicado da sede do Governo russo, sobre o contacto entre os chefes da Rússia e Iraque, dois grandes países produtores de petróleo e membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que define os níveis de produção, numa tentativa de administrarem os preços mundiais.