
Foto: EPA
Vários russos deportados pelos Estados Unidos receberam notificações para se alistarem no exército, que combate na Ucrânia desde 2022, ao aterraram, esta terça-feira, no aeroporto de Moscovo, noticiaram órgãos de comunicação social locais.
As notificações obrigam-nos a apresentarem-se num centro de recrutamento militar, segundo o jornal eletrónico Agentstvo, considerado subversivo pelas autoridades da Rússia.
Desconhece-se o número exato de deportados que chegaram à capital da Rússia, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Os passageiros fizeram escala no Cairo juntamente com cerca de 50 iranianos, também deportados pelos Estados Unidos, depois de terem partido de Mesa (Arizona) no domingo, 7 de dezembro.
O presidente da organização Russian America for Democracy in Russia, Dmitri Valuev, disse que ainda não foi possível contactar todos os russos deportados, que aterraram às 2.39 horas (hora de Moscovo, 23.39 horas de segunda-feira em Portugal continental).
Valuev admitiu anteriormente que havia opositores políticos entre os russos deportados pelos Estados Unidos.
Trata-se, pelo menos, do terceiro voo de russos que foram expulsos dos Estados Unidos desde o início do ano, embora também tenham ocorrido extradições individuais.
Um dos deportados foi o ativista Leonid Melekhin, que já tinha sido detido na Rússia por participar em manifestações e que foi novamente detido ao regressar em julho de 2025, acusado de justificar o terrorismo.
As autoridades russas intensificaram a repressão dos opositores políticos desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, não admitindo críticas à guerra que Moscovo designa oficialmente como uma operação militar especial.
