São histórias com finais felizes. Tal como a da jovem portuguesa que esteve 22 horas desaparecida no mar e que foi encontrada com vida por um navio. Há quem tenha sobrevivido só a comer ketchup, quem tenha tido a companhia de um golfinho enquanto estava perdido e quem esteve preso à vida numa bolha de ar com pouco mais de um metro de altura.
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Em janeiro deste ano, a história de Elvis François também correu mundo. Este homem, da ilha caribenha de Dominica, terá sobrevivido 24 dias perdido no mar. Só comeu ketchup. Foi salvo com a luz de um espelho.
Segundo a Marinha colombiana, que o resgatou, Elvis consertava um barco, num porto na ilha caribenha de St. Marteen. Terá sido arrastado para o mar após uma tempestade nas Antilhas Holandesas.
"Não tinha comida. Tinha apenas uma garrafa de ketchup, alho em pó e cubos de caldo Maggi. Misturei com um pouco de água para sobreviver 24 dias no mar", disse Elvis François.
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Durante o tempo em que esteve perdido, o trabalhador escreveu a palavra "ajuda" no barco. Apesar de várias tentativas em sinalizar a embarcação, chegou mesmo a fazer uma fogueira a bordo, François foi visto por um avião e acabou por ser salvo pela Marinha da Colômbia.
"Por volta de 15 de janeiro, vi um avião. Tinha um espelho e fiz alguns sinais. Eles passaram por cima do barco duas vezes e então percebi que me viram. Hoje estou grato por estar vivo", contou.
Em setembro de 2014, um norte-americano passou 31 horas perdido no mar. Teve a companhia de um golfinho.
Joey Trevino tinha ido pescar com um tio e dois amigos, na costa do Texas, quando a embarcação virou.
Todos usavam coletes salva-vidas, mas Trevino foi arrastado para mais longe da costa do Golfo do México. Os amigos foram resgatados 24 horas depois pela Guarda Costeira. Já Trevino foi salvo por um petroleiro 30 horas depois do acidente.
Durante essas horas de desespero, diz ter tido a companhia de um golfinho, que se deixou tocar. "Mudou a minha atitude e deu-me esperança de ser salvo", contou.
Já em dezembro de 2013, Harrison Okene, cozinheiro de um navio, conseguiu sobreviver no fundo do mar durante 72 horas, a 30 metros de profundidade, depois do naufrágio da embarcação onde trabalhava.
Dois dias e meio após o naufrágio, mergulhadores encontraram Harrison Okene com vida, encurralado numa casa de banho do navio, preso à vida numa bolha de ar com pouco mais de um metro de altura.
"Não sei o que impediu a água de encher aquele quarto. Só chamava por Deus. Salvou-me. Foi um milagre", contou Harrison Okene.
O barco virou, à força das ondas, a cerca de 30 quilómetros da costa da Nigéria, quando ajudava na estabilização de uma plataforma petrolífera da empresa americana Chevron. Das 12 pessoas a bordo, foram recuperados os cadáveres de 10 e duas foram dadas como desaparecidas.
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