O primeiro-ministro recusou reunir com o líder do Partido Popular antes de 17 de agosto, data em que serão constituídas as Cortes que resultaram das eleições de 23 de julho. O socialista acredita que vai captar a confiança dos independentistas catalães, de quem agora depende, e segurar o lugar que tem ocupado.
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Pedro Sánchez (PSOE) admite reunir-se com Alberto Núñez Feijóo (PP) - que no domingo lhe enviou uma carta para tentar chegar a um acordo entre os dois maiores partidos de Espanha -, mas nunca antes da constituição das Cortes (17 de agosto ) ou das audições dos partidos por parte do rei Felipe VI, que ocorreram após a subsequente ronda de contactos no Palácio da Zarzuela, escreve o jornal "El Mundo". O presidente do Governo espanhol não só rejeitou o pedido do líder do partido mais votado nas eleições legislativas, como realçou que terá "o apoio necessário" para formar o Executivo antes dos populares, ainda que tal cenário o coloque nas mãos dos independentes do Juntos pela Catalunha (JxCat).
Sánchez mantém-se confiante mesmo que, uma semana após o escrutínio, a contabilização do voto do estrangeiro tenha vindo beneficiar o PP, que passou a poder sentar mais um deputado na Câmara dos Deputados, em Madrid. Assim, os populares contam agora com 137 assentos no Parlamento, o que a soma a uma eventual coligação de Direita, juntando os parlamentares do Vox, UPN e Coligação Canária, passa a aferir 172 lugares - mais um do que o bloco de Esquerda, que mesmo unindo os deputados do PSOE, Sumar, Bildu, PNV, BNG e ERC não chega às 176 cadeiras necessárias para alcançar uma maioria absoluta.