O presidente francês, Nicolas Sarkozy, desmentiu hoje, quinta-feira, qualquer discussão com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, sobre a expulsão de ciganos e disse aos jornalistas que "não houve gritaria".
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Na conferência de imprensa que deu no final da cimeira de Bruxelas, Sarkozy afirmou que manteve a calma durante a reunião.
"Conheço bem Barroso e tenho estima por ele. Apoiei a sua escolha para presidente da Comissão e gostei que se tenha demarcado das expressões excessivas da sua vice-presidente", disse o presidente francês em alusão às declarações da comissária da Justiça, Viviane Reding, que estabeleceu um paralelismo entre as deportações na Segunda Guerra Mundial e as expulsões de ciganos em França.
"Mas, sou o Chefe de Estado francês, não posso deixar que insultem o meu país", acrescentou Sarkozy.
"Temos a mesma posição que a Comissão e tudo teria já voltado à normalidade se não tivesse havido declarações excessivas", disse ainda em alusão a Reding.
"Não houve gritaria (...) mas eu disse abertamente o que a França pensa (...) continuaremos a trabalhar com Barroso sem problema", indicou Sarkozy.
Fonte comunitária disse à agência Lusa em Bruxelas que durante a reunião Durão Barroso manteve sempre a compostura.
Várias fontes, incluindo o primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borissov, indicaram que houve uma violenta troca de palavras entre Barroso e Sarkozy a propósito da questão dos ciganos, tema que tem suscitado uma viva polémica entre Paris e Bruxelas.