O estado de saúde de Hosni Mubarak entrou numa "fase perigosa" e os médicos tiveram de recorrer, esta quarta-feira, por cinco vezes a um ventilador para o ajudar a respirar, indicaram fontes médicas e prisionais.
Corpo do artigo
O estado de Mubarak, de 84 anos, agravou-se depois de, no sábado, ter sido condenado a prisão perpétua pela morte de manifestantes e transferido para a prisão de Torah.
Responsáveis da prisão indicaram que o ex-presidente sofre de tensão alta e dificuldades respiratórias, noticiou a agência Lusa citando a agência Associated Press.
A agência estatal egípcia, Mena acrescentou, segundo a Lusa, que o estado de Mubarak "é grave".
Tanto as fontes médicas como as da prisão indicaram que o ex-presidente foi observado hoje por uma equipa de especialistas para determinar se Mubarak deve ser transferido para o hospital militar onde passou os últimos dez meses ou para outra unidade médica com melhores condições que Torah.
Mubarak, presidente do Egito durante 30 anos, foi condenado no sábado por não ter impedido que as forças de segurança matassem mais de 800 manifestantes durante a revolta popular que acabou por levar à sua demissão em fevereiro de 2011.
Os dois filhos do ex-presidente, Gamal e Alaa, estão detidos na mesma prisão a aguardar julgamento por tráfico de influências. Segundo as fontes, Gamal foi autorizado a estar junto do pai, mas Alaa ainda não recebeu autorização.
Hosni Mubarak tem estado hospitalizado praticamente desde que se demitiu. Em abril de 2011, depois de um primeiro interrogatório e de formalizadas as primeiras acusações, o ex-presidente sofreu um ataque cardíaco, sendo hospitalizado em Charm el-Cheikh, estância junto ao Mar Vermelho para onde se tinha retirado após a demissão.
Com o início do julgamento, a 3 de agosto de passado, o ex-presidente foi transferido de Charm el-Cheikh para um hospital nos arredores do Cairo.