Seis escolas foram incendiadas na zona de Charleroi, na Bélgica, desde a noite de terça-feira. Quatro escolas tinham as paredes vandalizadas com a frase "não à educação sexual".
Corpo do artigo
A noite de terça-feira, na cidade de Charleroi, ficou marcada por quatro incêndios em escolas. Tudo aponta para que estes incêndios estejam relacionados com a oposição à disciplina de educação sexual, uma vez que as paredes das escolas foram pintadas com a mensagem "Não à educação sexual", explica o jornal belga "The Brussels Times".
No que toca aos dois últimos incêndios ainda não foi possível apurar uma ligação com a disciplina, já que a mensagem não existia.
As aulas de Educação para a Vida Relacional, Afetiva e Sexual passaram a ser obrigatórias nas escolas inseridas na administração do regime de língua francesa. Assim, os alunos de 11/12 anos e os de 15/16 passaram a ter de frequentar duas horas semanais da disciplina.
A decisão não foi bem aceite por alguns "grupos religiosos e famílias conservadoras", que se manifestaram a 7 de setembro, por considerarem que a disciplina "introduz conceitos de género e identidade sexual às crianças demasiado cedo", refere o mesmo jornal.
O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, defende que a escola "deve ser um espaço seguro para todas as crianças" e garante que as autoridades vão "fazer tudo para identificar e responsabilizar quem ateou os incêndios".
"O direito à educação sexual não pode ser questionado", afirmou Alexander De Croo citado pelo "The Brussels Times".
A ministra dos Assuntos Internos, Annelies Verlinden, reagiu na rede social X, antigo Twitter, condenando os ataques.